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NISE DA SILVEIRA

Nise da Silveira - a Revolução Pelo Afeto já passou por 4 cidades (Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Muriaé) e esta em cartaz no Sesc Belenzinho até 26 de março de 2022.

A exposição, que valoriza o pensamento inovador e inclusivo de Nise da Silveira, convida o público a refletir e ressignificar o conceito de loucura através de um resgate histórico entre os campos da saúde mental e das artes. Criada pelo estúdio M’Baraká em parceria com o Museu de Imagens do Inconsciente, traz um recorte científico e histórico sobre a vida e obra de Nise da Silveira e dos artistas do hospital psquiátrico do Engenho de Dentro.

Milhares de visitantes e um expressivo retorno da mídia, em resposta a um projeto expositivo dividido em 3 momentos: Contexto, Dor e Afeto; Nise, Ser Mulher Ser Revolucionária e Engenho de Dentro, Inconsciente e Território. Obras dos artistas do Engenho de Dentro Adelina Gomes, Arthur Amora, Beta d’Rocha, Fernando Diniz, Carlos Pertuis entre outros, dialogam com a vanguarda modernista e contemporânea como: Alice Brill, Abraham Palatnik, Lygia Clark, Rogério Reis, Leon Hirzsman, Margaret de Castro, Tiago Sant’ana, Rafael Bqueer, Carlos Vergara e Zé Carlos Garcia.

Nascida em Maceió, em 1905, Nise da Silveira foi uma médica brasileira, reconhecida mundialmente por sua contribuição à psiquiatria, revolucionou o tratamento psiquiátrico, usando a arte e o afeto como metodologia.

CATÁLOGO DA EXPOSIÇÃO

EXPOSIÇÃO 360o

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Escutar, acolher, sentir, perceber. Abrir, libertar, liberar, emergir, crescer. Aceitar, abraçar, conhecer, compartilhar, atuar, performar, ser. Entender, compreender, incluir, acolher. Ser escutada, acolhida, sentida, percebida. Liberta, livre, grande, gigante, aceita, aceito, aceitxs, presentes, potentes.

Estas são intuições que se afirmam como palavras após o contato que se tem com a gigante Nise da Silveira. Nise, mulher maior que seu tempo, maior que seu gesto, maior do que podemos ver na cegueira hedonista, cruel e relapsa a que nos habituamos como regra, como normal. NISE, cientista de vanguarda, revolucionária por natureza, que ousou falar de AFETO como método — algo capaz de reverter toda a apatia coloquial do senso de empatia. NISE DA SILVEIRA — a revolução pelo afeto.

Afeto, que, por gesto, só é possível e viável se entoadaa potência transformadora da palavra, quando entendemos o eu no outro e o outro em mim. O mito. O rito. A performance coletiva. Somos todos atores. Um continuum no qual existir é maior que qualquer castração. Grãos de areia que somos, inflados de ego, traumatizados por sermos tão pequenininhos, desperdiçamos a gigante tarefa de existir no outro. Há algo de especial nas ações de NISE. Parece-nos ser o senso de ser — e somente ser, se junto ao outro. Ser ou não ser. Eis a questão.

Nas últimas palavras de seu livro sobre as imagens do inconsciente, Nise conta sobre o mito da barca do sol, sobre a constante luta da estrela em se renovar, manter a vitalidade e escapar da escuridão para trazer vida. Imergir para emergir, resumiu Vera Dantas. Diagnosticados estamos todos nós — é uma suposição factível. Nossa cura está no mergulho profundo, tendo o outro e a própria existência como coletes salva-vidas — nosso tempo ecoa esse mantra. A vida não se estoca, flui.
E cada vida é vida. Amar é (lou)cura. Amar é cura.

estúdio M’Baraká

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@nisenoccbb

Desde 2007 criamos projetos narrativos com abordagem crítica, unindo pesquisa histórica, arte contemporânea, design e uma multiplicidade de linguagens para contar histórias relevantes. Somos conhecidos pela ênfase popular e artística das experiências expositivas e culturais que criamos, colocando num mesmo lugar linguagens de universos distintos e gerando acesso.

Dezenas de exposições, festivais e um projeto multiplataforma de comunicação histórica (o Rolé Carioca), movimentaram centenas de artistas de todas as partes do mundo para diferentes espaços culturais e territórios. Em 2019 recebeu o prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, concedido pelo IPHAN ao projeto Rolé Carioca e em 2020 mençnao honrosa pela expografia da exposição inse da Silveira, pelo IAB-RJ.

Com um resultado expressivo de crítica e público, o estúdio M’Baraká já apresentou projetos em espaços como CCBB RJ, Museu Histórico Nacional, Museu Nacional, Galeria BNDES, Oi Futuro, Museu do Amanhã, CRAB SEBRAE, FIOCRUZ, SESC SP entre outros.

Isabel e Diogo são os sócios fundadores e a essência do estúdio. Diogo é designer, formado pela Escola de Belas Artes da UFRJ e especializado em branding cultural e design de exposições e Isabel Seixas é formada em produção cultural na UFF e curadora. Desde de 2013 a sociedade ganhou o reforço da economista social e pesquisadora Larissa Victorio.

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